José Geraldo Couto

O trabalho do tempo

José Geraldo Couto

27.07.18

Em dois belos momentos para o cinema nacional, a ficção Alguma coisa assim, de Mariana Bastos e Esmir Filho, e o documentário Vinte anos, de Alice de Andrade, costuram com engenhosidade as voltas que o tempo dá.

Uma voz fina

Julia Codo

03.07.18

No país do futebol, o esporte mais popular do mundo ainda parece ser considerado um território masculino. Julia Codo rememora sua vida de torcedora e destaca a participação feminina nas transmissões dos jogos da Copa do Mundo da Rússia.

Licantropia sertaneja

José Geraldo Couto

08.06.18

O filme As boas maneiras, de Juliana Rojas e Marco Dutra, é uma singular atualização do mito do lobisomem, ou antes uma releitura moderna, no contexto das tensões sociais de hoje. O primeiro acerto dos realizadores é a construção de um mundo à parte, com um pé no real e outro na fábula.

O cinema contra a morte

José Geraldo Couto

16.02.18

Escapando do quase inevitável balcão de apostas dos “filmes do Oscar”, o crítico José Geraldo Couto dá atenção a uma obra singular de um diretor idem. Antes do fim, o mais recente longa-metragem do gaúcho criado e radicado em São Paulo Cristiano Burlan, faz com que a morte e a finitude debatida no dia a dia de um casal de idosos (Helena Ignez e Jean-Claude Bernardet) oscilem entre a solenidade e a descontração, a tragédia e a ironia derrisória.

Cena do documentário Human Flow, de Ai Weiwei

Se oriente, rapaz

José Geraldo Couto

20.10.17

Vem da Ásia uma das ondas mais fortes e interessantes do oceano de filmes que compõem a 41ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. No rastro do artista multimídia chinês Ai Weiwei, que está na cidade para apresentar seu documentário sobre refugiados nos quatro cantos do globo, tem filmes da Coreia, de Taiwan, do Japão... Confira as apostas de José Geraldo Couto na maratona cinéfila iniciada no dia 19.

O trabalho e as noites

José Geraldo Couto

17.08.17

Entre um extremo e outro, Corpo elétrico, o longa-metragem de estreia de Marcelo Caetano, pode ser visto como um estudo poético do corpo, de suas constrições e sua pulsão de liberdade, num contexto muito específico: o de jovens trabalhadores na cidade de São Paulo. Em Malasartes e o duelo com a morte, de Paulo Morelli, a tentativa é retomar, numa narrativa atraente às novas gerações, um personagem clássico da tradição popular luso-brasileira, o pícaro caipira Malasartes.

Aquária

Rosa Amanda Strausz

08.08.17

A seção Primeira Vista publica mensalmente textos inéditos de ficção, escritos a partir de fotografias selecionadas no acervo do Instituto Moreira Salles. O autor escreve sem ter informação nenhuma sobre a imagem, contando apenas com o estímulo visual. Neste mês de agosto, Rosa Amanda Strausz foi convidada a escrever sobre uma foto de Hans Flieg.

Quem é Josenildo?

Ana Maria Gonçalves

26.07.17

Quem é Josenildo? se passa em São Paulo, em 2064, depois que o estado se separa do Brasil e se torna um país independente. É a história de um garoto de 13 anos que simplesmente desaparece, deixando pistas que levam a três linhas de investigação: pode ter se suicidado (seguida pelos colegas), pode ter fugido de casa (seguida pela polícia), e pode ter sido sequestrado (seguida pelos pais). Durante as investigações, vão surgindo personalidades bastante distintas para o Josenildo que cada um achava que conhecia.

Cemitério do Araçá

Noemi Jaffe

12.04.17

A seção Primeira Vista publica todo mês textos inéditos de ficção, escritos a partir de fotografias selecionadas no acervo do Instituto Moreira Salles. O autor escreve sem ter informação nenhuma sobre a imagem, contando apenas com o estímulo visual. Neste mês de abril, Noemi Jaffe foi convidada a escrever sobre uma foto de Claude Lévi-Strauss.

Maloca moderna

José Geraldo Couto

17.03.17

Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé, é, de certa forma, o adendo que faltava ao clássico de Adoniran Barbosa, "Saudosa maloca". Poucos filmes podem ser considerados mais atuais. O que vemos ali é a crônica, entre a ficção e o documentário, do dia a dia de uma “ocupação” no centro de São Paulo, às vésperas da sua “reintegração de posse”, eufemismo para despejo.