Z de Zuca

Literatura

02.12.15

Hoje é o dia Z, dia de comemorar o poeta e desenhista Zuca Sardan.

Na Flip de 2013, Zuca dividiu a mesa “Maus hábitos”, com os também poetas e amigos Nicolas Behr e Chico Alvim. “É uma panelinha, vocês não reparem”, disse Chico, logo na abertura, ressaltando os 60 anos de amizade com Zuca e os 30 com Nicolas. Na leitura dos poemas, Zuca, que nasceu Carlos Felipe Alves Saldanha, deu voz e entonação aos seus cultuados personagens, entre eles o Poeta Melarmek, a Musa Merry e a Cassandra Bolchevique.

Arquiteto de formação, Zuca largou a prancheta, virou diplomata e há décadas mora em Hamburgo, na Alemanha. Desde a antologia 26 poetas hoje, organizada por Heloisa Buarque de Hollanda, em 1976, Zuca se tornou um ícone cult da poesia brasileira contemporânea.

O poeta lançou Osso do coração (Editora da Unicamp, 1993), Ximerix (Cosac Naify, 2013) e, em 2015, o ebook Milorde e Medusa (e-galáxia) e o livro Vinhetas (Luna Parque).

Antes, era o mimeógrafo. Hoje, Zuca, aos 82 anos, segue lançando plaquetes, cartoneiras e ebooks. Em março deste ano, a Rádio Batuta o entrevistou por telefone, e ele disse que a poesia é uma forma de rebeldia, uma ciência da exceção: “Sempre fui irreverente demais para ser levado a sério”. 

,