Os fotolivros do IMS

Fotografia

11.03.13

Os livros de fotografia latino-americanos são o tema da exposição que abriu no dia 9 de março no IMS-RJ. Fotolivros representam, na opinião do curador Horacio Fernández, “uma maneira viva, plural e metafórica de contar uma narrativa”. O Instituto Moreira Salles, desde 2009, também lança anualmente fotolivros em edições limitadas fora de comércio, volumes em capa dura e impressão cuidadosa que mostram o trabalho de diversos artistas que fazem parte do Acervo. A parceria entre o IMS e a gráfica Ipsis rendeu o prêmio Benny de excelência gráfica pelo livro Pele preta, com fotografias de Maureen Bisilliat.

O primeiro fotógrafo da série foi o argentino Horacio Coppola (1906 – 2012), com o livro De perto, que compila fotos de esculturas do Aleijadinho, incluindo imagens que depois receberiam uma exposição própria intitulada Luz, cedro e pedra. Aleijadinho era compreendido por Coppola como um artista integral, isto é, arquiteto, escultor e “ornamentista sacro”.

 

Em dezembro de 2010, o IMS lançou o segundo fotolivro, desta vez com tiragem numerada de 300 exemplares. Mar aberto reúne 25 fotografias realizadas por Marcel Gautherot no início da década de 1950, numa praia do município de Aquiraz, no Ceará. Trata-se de imagens de composição enxuta, quase geométrica, mas que revelam um afã de documentação integral dos meios materiais e simbólicos dos diversos grupos humanos.

 

O terceiro fotolivro é o supracitado Pele preta, um ensaio fotográfico de Maureen Bisilliat cujo tema são mulheres e crianças negras. As fotos foram realizadas em São Paulo e São José do Rio Pardo, no início da década de 1960. Marco na carreira de Bisilliat, a fotógrafa incluiu o ensaio em sua primeira grande exposição, realizada em 1966 no Museu de Arte Moderna de São Paulo.

 

No final do ano passado, o IMS publicou Em jogo, fotolivro de Thomaz Farkas com imagens tiradas no estádio do Pacaembu, São Paulo, entre 1942 e 1946. Nascido em Budapeste em 1924, Farkas começou a fotografar as pessoas no estádio quando contava meros 18 anos. Apesar da idade, esta obra (que pode ser considerada uma espécie de estreia) já mostra muitas das características que definem o estilo de Farkas.

 

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